PAN - UM NOVO PARADIGMA

Vivemos o fim de ciclo de um paradigma civilizacional esgotado, o paradigma antropocêntrico, cuja exacerbação nos últimos séculos aumentou a devastação do planeta, a perda da biodiversidade e o sofrimento de homens e animais. Impõe-se um novo paradigma, uma nova visão/vivência da realidade, ideias, valores e símbolos que sejam a matriz de uma nova cultura e de uma metamorfose mental que se expresse em todas as esferas da actividade humana, religiosa, ética, científica, filosófica, artística, pedagógica, social, económica e política. Esse paradigma, intemporal e novíssimo, a descobrir e recriar, passa pela experiência da realidade como uma totalidade orgânica e complexa, onde todos os seres e ecossistemas são interdependentes, não podendo pensar-se o bem de uns em detrimento de outros e da harmonia global. Nesta visão holística da Vida, o ser humano não perde a sua especificidade, mas, em vez de se assumir como o dono do mundo, torna-se responsável pelo equilíbrio ecológico do planeta e pelo direito de todos os seres vivos à vida e ao bem-estar.

Herdando a palavra grega para designar o "Todo", bem como o nome do deus da natureza e dos animais, o PAN - Partido pelos Animais e pela Natureza - incarna esse paradigma na sociedade e na política portuguesas.

O objectivo deste blogue é divulgar e fomentar o debate em torno de contributos diversos, contemporâneos e de todos os tempos, para a formulação deste novo paradigma, nas letras, nas artes e nas ciências.

domingo, 7 de agosto de 2011

"Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão" - Eça de Queiroz

Um comentário sobre os resultados eleitorais do PAN no jornal anarquista "A Batalha"

O jornal anarquista "A Batalha" publica, na pág. 7 do último número, 245, um comentário aos resultados das últimas eleições do qual extraímos a seguinte referência ao PAN: "A verdadeira inovação foi o aparecimento do Partido pelos Animais e pela Natureza (PAN) que, tendo solicitado a sua legalização ao Tribunal Constitucional em 4 de Dezembro de 2009, obteve essa legalização por acórdão de 13 de Janero de 2011. Quase sem divulgação prévia nem campanha eleitoral, alcançou cerca de 58 000 votos repartidos por todos os círculos eleitorais, com particular relevo para a Madeira (1,72%), Faro (1,64%), Setúbal (1,47%) e Lisboa (1,44%). Embira se nos afigure um movimento integrador de valores ecológicos e humanitários mais do que um partido político nos moldes usuais, o futuro dirá de sua justiça quanto ao papel que lhe está, ou não, reservado. Mas não deixa de ser consolador verificar que ainda vai havendo gente que se preocupa com o bem-estar dos animais (homens incluídos) e com a preservação da natureza - L. G. S."