PAN - UM NOVO PARADIGMA

Vivemos o fim de ciclo de um paradigma civilizacional esgotado, o paradigma antropocêntrico, cuja exacerbação nos últimos séculos aumentou a devastação do planeta, a perda da biodiversidade e o sofrimento de homens e animais. Impõe-se um novo paradigma, uma nova visão/vivência da realidade, ideias, valores e símbolos que sejam a matriz de uma nova cultura e de uma metamorfose mental que se expresse em todas as esferas da actividade humana, religiosa, ética, científica, filosófica, artística, pedagógica, social, económica e política. Esse paradigma, intemporal e novíssimo, a descobrir e recriar, passa pela experiência da realidade como uma totalidade orgânica e complexa, onde todos os seres e ecossistemas são interdependentes, não podendo pensar-se o bem de uns em detrimento de outros e da harmonia global. Nesta visão holística da Vida, o ser humano não perde a sua especificidade, mas, em vez de se assumir como o dono do mundo, torna-se responsável pelo equilíbrio ecológico do planeta e pelo direito de todos os seres vivos à vida e ao bem-estar.

Herdando a palavra grega para designar o "Todo", bem como o nome do deus da natureza e dos animais, o PAN - Partido pelos Animais e pela Natureza - incarna esse paradigma na sociedade e na política portuguesas.

O objectivo deste blogue é divulgar e fomentar o debate em torno de contributos diversos, contemporâneos e de todos os tempos, para a formulação deste novo paradigma, nas letras, nas artes e nas ciências.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Se não visamos o bem de todos, não conseguimos o de nenhum

O mundo continua dividido. Uns preocupam-se sobretudo com os homens, outros principalmente com os animais. A maioria apenas consigo próprios e com os "seus". Será tão difícil ver que nada está separado e que o sofrimento e a felicidade de um ser, seja qual for, são inseparáveis do sofrimento e da felicidade de todos os outros e do equilíbrio ecológico do planeta onde todos igualmente vivemos? Será tão difícil ver que todos os seres vivos aspiram igualmente, embora de modos diversos, ao bem-estar? Será tão difícil ver que, se não visamos o bem de todos - a satisfação das suas necessidades, não dos seus desejos - , não conseguimos o de nenhum?

Só um novo paradigma, holístico e global, que não separe o bem dos homens, dos animais e o respeito pela comum mãe-natureza, pode trazer a alternativa que todos procuramos. Seguir outros caminhos é continuar a fazer parte do problema e não da solução. E este novo paradigma tem de assumir uma expressão em todas as áreas, da espiritualidade à educação, à organização social, económica e política e às relações internacionais.

Queremos fazer parte da mudança ou reproduzir no futuro o passado?

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