PAN - UM NOVO PARADIGMA
Vivemos o fim de ciclo de um paradigma civilizacional esgotado, o paradigma antropocêntrico, cuja exacerbação nos últimos séculos aumentou a devastação do planeta, a perda da biodiversidade e o sofrimento de homens e animais. Impõe-se um novo paradigma, uma nova visão/vivência da realidade, ideias, valores e símbolos que sejam a matriz de uma nova cultura e de uma metamorfose mental que se expresse em todas as esferas da actividade humana, religiosa, ética, científica, filosófica, artística, pedagógica, social, económica e política. Esse paradigma, intemporal e novíssimo, a descobrir e recriar, passa pela experiência da realidade como uma totalidade orgânica e complexa, onde todos os seres e ecossistemas são interdependentes, não podendo pensar-se o bem de uns em detrimento de outros e da harmonia global. Nesta visão holística da Vida, o ser humano não perde a sua especificidade, mas, em vez de se assumir como o dono do mundo, torna-se responsável pelo equilíbrio ecológico do planeta e pelo direito de todos os seres vivos à vida e ao bem-estar.
Herdando a palavra grega para designar o "Todo", bem como o nome do deus da natureza e dos animais, o PAN - Partido pelos Animais e pela Natureza - incarna esse paradigma na sociedade e na política portuguesas.
O objectivo deste blogue é divulgar e fomentar o debate em torno de contributos diversos, contemporâneos e de todos os tempos, para a formulação deste novo paradigma, nas letras, nas artes e nas ciências.
Herdando a palavra grega para designar o "Todo", bem como o nome do deus da natureza e dos animais, o PAN - Partido pelos Animais e pela Natureza - incarna esse paradigma na sociedade e na política portuguesas.
O objectivo deste blogue é divulgar e fomentar o debate em torno de contributos diversos, contemporâneos e de todos os tempos, para a formulação deste novo paradigma, nas letras, nas artes e nas ciências.
sábado, 7 de janeiro de 2012
Maquiavel sobre a conquista e conservação de estados
"Quando os estados que se conquistam [...] têm a tradição de viver segundo as suas leis e em liberdade, para a sua conservação existem três opções: a primeira é a sua destruição; a segunda é ir para lá viver o príncipe conquistador; e a terceira consiste em deixá-los viver de acordo com as suas leis, mas exigindo-lhes um tributo e criando no seu seio uma oligarquia que vos garanta a sua fidelidade"
- Maquiavel, O Príncipe, cap. V.
O que se passa no mundo, e particularmente em Portugal, não é nada de novo...
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2 comentários:
Pois é, desde 25 de Abril de 1974 (a intenção foi boa... apesar da caravela da liberdade ter rumado por maus caminhos) que usamos com muito fervor a 3ª opção de Maquiavel... Somos um povo simpático para os estrangeiros, acolhedores para os estrangeiros, tristes connosco próprios como o Fado, pacíficos mesmo quando nos roubam tudo e nos tiram quase todos os direitos, pacíficos com os estrangeiros, e mauzinhos em casa com os da própria familia, maus com os amigos (com os amigos a quem não temos interesses envolvidos), cínicos e interesseiros com os grandes amigos que nos arranjam cunhas e nos pagam os almoços com muito volume e aparato... mas afinal com pouca qualidade, maus com colegas de trabalho do mesmo nível (questões pequenas mínimas mesquinhas de ciúmes e invejas) excepto com os chefes, directores e superiores, porque temos medo deles. Mas só somos maus com os nossos e com o elo mais fraco, porque estamos tão irritados e frustados com as nossas vidas que é só com eles que nós descarregamos as nossas depressões. E assim andam os Portugueses, submetendo-se e vendendo-se aos estrangeiros... porque temos a mania da inferioridade.
A solução é simples, a dificuldade está na sua execução.
Para uma vida mais justa e fraterna bastaria todos se moverem e prole desta sociedade fraterna e justa, mas por algum motivo, todos estagnamos na comodidade da desgraça. Acabamos por aumentar o nosso sofrimento e de todos os demais.
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