"Uma grande quantidade de trabalho teorizou a patologia das crises ambientais contemporâneas, sugerindo que algumas das nossas subjacentes crenças e atitudes culturais, religiosas e políticas são responsáveis por nos comportarmos mal para com o ambiente. Por outras palavras, as nossas visões religiosas do mundo, as nossas ideias políticas e sociais básicas, não são ambientalmente inocentes. O centramento humano - antropocentrismo - é o suspeito número um. A perspectiva antropocêntrica é que, de uma maneira geral, os seres humanos são as únicas coisas intrinsecamente valiosas na terra e que tudo o mais existe para servir as nossas carências e necessidades"
- Andrew Brennan / Y. S. Lo, "Understanding Environmental Philosophy", Durham, Acumen Publishing, 2010, pp.7-8.
PAN - UM NOVO PARADIGMA
Vivemos o fim de ciclo de um paradigma civilizacional esgotado, o paradigma antropocêntrico, cuja exacerbação nos últimos séculos aumentou a devastação do planeta, a perda da biodiversidade e o sofrimento de homens e animais. Impõe-se um novo paradigma, uma nova visão/vivência da realidade, ideias, valores e símbolos que sejam a matriz de uma nova cultura e de uma metamorfose mental que se expresse em todas as esferas da actividade humana, religiosa, ética, científica, filosófica, artística, pedagógica, social, económica e política. Esse paradigma, intemporal e novíssimo, a descobrir e recriar, passa pela experiência da realidade como uma totalidade orgânica e complexa, onde todos os seres e ecossistemas são interdependentes, não podendo pensar-se o bem de uns em detrimento de outros e da harmonia global. Nesta visão holística da Vida, o ser humano não perde a sua especificidade, mas, em vez de se assumir como o dono do mundo, torna-se responsável pelo equilíbrio ecológico do planeta e pelo direito de todos os seres vivos à vida e ao bem-estar.
Herdando a palavra grega para designar o "Todo", bem como o nome do deus da natureza e dos animais, o PAN - Partido pelos Animais e pela Natureza - incarna esse paradigma na sociedade e na política portuguesas.
O objectivo deste blogue é divulgar e fomentar o debate em torno de contributos diversos, contemporâneos e de todos os tempos, para a formulação deste novo paradigma, nas letras, nas artes e nas ciências.
Herdando a palavra grega para designar o "Todo", bem como o nome do deus da natureza e dos animais, o PAN - Partido pelos Animais e pela Natureza - incarna esse paradigma na sociedade e na política portuguesas.
O objectivo deste blogue é divulgar e fomentar o debate em torno de contributos diversos, contemporâneos e de todos os tempos, para a formulação deste novo paradigma, nas letras, nas artes e nas ciências.
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Os malefícios do antropocentrismo
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2 comentários:
Se o antropocentrismo é um óbice ao verdadeiro humanismo, pulemos essa onda. Re-humanização é o mote p os novos Descobrimentos.
Somos responsáveis por dar lugar a uma nova humanidade, não antropocêntrica, responsável pelo bem de tudo e todos.
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