PAN - UM NOVO PARADIGMA
Vivemos o fim de ciclo de um paradigma civilizacional esgotado, o paradigma antropocêntrico, cuja exacerbação nos últimos séculos aumentou a devastação do planeta, a perda da biodiversidade e o sofrimento de homens e animais. Impõe-se um novo paradigma, uma nova visão/vivência da realidade, ideias, valores e símbolos que sejam a matriz de uma nova cultura e de uma metamorfose mental que se expresse em todas as esferas da actividade humana, religiosa, ética, científica, filosófica, artística, pedagógica, social, económica e política. Esse paradigma, intemporal e novíssimo, a descobrir e recriar, passa pela experiência da realidade como uma totalidade orgânica e complexa, onde todos os seres e ecossistemas são interdependentes, não podendo pensar-se o bem de uns em detrimento de outros e da harmonia global. Nesta visão holística da Vida, o ser humano não perde a sua especificidade, mas, em vez de se assumir como o dono do mundo, torna-se responsável pelo equilíbrio ecológico do planeta e pelo direito de todos os seres vivos à vida e ao bem-estar.
Herdando a palavra grega para designar o "Todo", bem como o nome do deus da natureza e dos animais, o PAN - Partido pelos Animais e pela Natureza - incarna esse paradigma na sociedade e na política portuguesas.
O objectivo deste blogue é divulgar e fomentar o debate em torno de contributos diversos, contemporâneos e de todos os tempos, para a formulação deste novo paradigma, nas letras, nas artes e nas ciências.
Herdando a palavra grega para designar o "Todo", bem como o nome do deus da natureza e dos animais, o PAN - Partido pelos Animais e pela Natureza - incarna esse paradigma na sociedade e na política portuguesas.
O objectivo deste blogue é divulgar e fomentar o debate em torno de contributos diversos, contemporâneos e de todos os tempos, para a formulação deste novo paradigma, nas letras, nas artes e nas ciências.
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Peter Singer e a expansão do "círculo do altruísmo"
“O círculo do altruísmo alargou-se da família e a da tribo à nação e à raça e começamos a reconhecer que as nossas obrigações se estendem a todos os seres humanos. O processo não deve parar aqui. No meu anterior livro, "Animal Liberation", mostrei que é tão arbitrário restringir o princípio de igual consideração de interesses à nossa própria espécie como seria restringi-lo à nossa própria raça. O único ponto de paragem justificável para a expansão do altruísmo é o ponto no qual todos aqueles cujo bem-estar possa ser afectado pelas nossas acções são incluídos no círculo do altruísmo. Isto significa que todos os seres com a capacidade de sentirem prazer ou dor devem ser incluídos; podemos melhorar o seu bem-estar aumentando os seus prazeres e diminuindo as suas dores”
- Peter Singer, "The Expanding Circle. Ethics, Evolution and Moral Progress" (1981), Princeton/Oxford, Princeton University Press, 2011, com um novo prefácio, p.120.
sábado, 21 de abril de 2012
domingo, 15 de abril de 2012
Zoopolis. Uma teoria política dos direitos dos animais
Sue Donaldson & Will Kymlicka, Zoopolis. A Political Theory of Animal Rights, Nova Iorque, Oxford University Press, 2011.
Um livro recente que cria uma nova agenda para a teoria e prática dos direitos dos animais, mudando o debate da esfera da teoria moral e da ética aplicada para a da teoria política, focando-se nas obrigações decorrentes do modo como os animais diversamente se relacionam com as sociedades e instituições humanas.
quarta-feira, 4 de abril de 2012
"O futuro de toda a vida, incluindo a nossa própria, depende dos nossos passos atentos"
"Todos nós sabemos que o nosso belo planeta verde está em risco. A nossa forma de caminhar na Terra tem uma grande influência nos animais e nas plantas. Todavia agimos como se as nossas vidas diárias nada tivessem a ver com a condição do mundo. Somos como sonâmbulos, sem saber o que fazemos ou para onde vamos. Se podemos despertar ou não depende de podermos caminhar com atenção plena sobre a nossa Mãe Terra. O futuro de toda a vida, incluindo a nossa própria, depende dos nossos passos atentos. Temos de escutar os sinos da atenção plena que estão a ressoar por todo o nosso planeta. Temos de começar a aprender como viver de modo a que um futuro seja possível para os nossos filhos e os nossos netos"
- Thich Nhat Hanh, The World We Have
Etiquetas:
atenção plena,
ecologia,
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