PAN - UM NOVO PARADIGMA

Vivemos o fim de ciclo de um paradigma civilizacional esgotado, o paradigma antropocêntrico, cuja exacerbação nos últimos séculos aumentou a devastação do planeta, a perda da biodiversidade e o sofrimento de homens e animais. Impõe-se um novo paradigma, uma nova visão/vivência da realidade, ideias, valores e símbolos que sejam a matriz de uma nova cultura e de uma metamorfose mental que se expresse em todas as esferas da actividade humana, religiosa, ética, científica, filosófica, artística, pedagógica, social, económica e política. Esse paradigma, intemporal e novíssimo, a descobrir e recriar, passa pela experiência da realidade como uma totalidade orgânica e complexa, onde todos os seres e ecossistemas são interdependentes, não podendo pensar-se o bem de uns em detrimento de outros e da harmonia global. Nesta visão holística da Vida, o ser humano não perde a sua especificidade, mas, em vez de se assumir como o dono do mundo, torna-se responsável pelo equilíbrio ecológico do planeta e pelo direito de todos os seres vivos à vida e ao bem-estar.

Herdando a palavra grega para designar o "Todo", bem como o nome do deus da natureza e dos animais, o PAN - Partido pelos Animais e pela Natureza - incarna esse paradigma na sociedade e na política portuguesas.

O objectivo deste blogue é divulgar e fomentar o debate em torno de contributos diversos, contemporâneos e de todos os tempos, para a formulação deste novo paradigma, nas letras, nas artes e nas ciências.

sábado, 23 de abril de 2011

Miguel Esteves Cardoso declara votar no PAN

"O meu voto

No PÚBLICO de Domingo muito me animou ler a notícia “PAN quer eleger pelo menos um deputado”. Sou amigo de Paulo Borges, o presidente do Partido pelos Animais e pela Natureza, apesar de já não falar com ele há 25 anos. É uma pessoa sábia e pensativa, generosa e boa, altruísta e imaginativa, um estudioso e um estudante permanentemente activo e curioso, que agora teve a coragem e a paciência de criar um partido.

Mas também a audácia: “Se a ‘conjuntura’ não o permitir, [Paulo Borges] acrescentou [que] espera conseguir, no mínimo, a margem dos 50 mil votos e um posicionamento como o maior dos partidos mais pequenos”.

Mostra como se pode ser humilde e audaz ao mesmo tempo. Eleger ou quase-eleger um deputado do PAN bastará para ajudar um bocadinho os animais tão maltratados e tão cruelmente assassinados deste país. Que me perdoe o meu verdadeiro amigo Paulo Portas, mas vou votar no Paulo Borges. Até porque o primeiro facilmente votaria no segundo. Leia-se o que o PAN tem para dizer: http://www.partidoanimaisnatureza.com.

Reduz-se o PAN a um partido verdadeiramente ecológico, budista e humanista. Mas, quando se vai ver o programa político, admira-se a sofisticação e o realismo práticos, pela profundidade intelectual das preocupações. O PAN é antimilitarista mas acredita na NATO. Transcende a direita e a esquerda. Confunde e esclarece. Insiste no amor e na compaixão. Quer - e nem sequer quer — um único deputado. Vote nele, se puder. Ou ousar."

- Miguel Esteves Cardoso, no "Público" de 22.04.2011.

Agradeço as palavras generosas de um velho amigo, que aceito no que diz respeito ao PAN, mas não à minha pessoa.

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