PAN - UM NOVO PARADIGMA

Vivemos o fim de ciclo de um paradigma civilizacional esgotado, o paradigma antropocêntrico, cuja exacerbação nos últimos séculos aumentou a devastação do planeta, a perda da biodiversidade e o sofrimento de homens e animais. Impõe-se um novo paradigma, uma nova visão/vivência da realidade, ideias, valores e símbolos que sejam a matriz de uma nova cultura e de uma metamorfose mental que se expresse em todas as esferas da actividade humana, religiosa, ética, científica, filosófica, artística, pedagógica, social, económica e política. Esse paradigma, intemporal e novíssimo, a descobrir e recriar, passa pela experiência da realidade como uma totalidade orgânica e complexa, onde todos os seres e ecossistemas são interdependentes, não podendo pensar-se o bem de uns em detrimento de outros e da harmonia global. Nesta visão holística da Vida, o ser humano não perde a sua especificidade, mas, em vez de se assumir como o dono do mundo, torna-se responsável pelo equilíbrio ecológico do planeta e pelo direito de todos os seres vivos à vida e ao bem-estar.

Herdando a palavra grega para designar o "Todo", bem como o nome do deus da natureza e dos animais, o PAN - Partido pelos Animais e pela Natureza - incarna esse paradigma na sociedade e na política portuguesas.

O objectivo deste blogue é divulgar e fomentar o debate em torno de contributos diversos, contemporâneos e de todos os tempos, para a formulação deste novo paradigma, nas letras, nas artes e nas ciências.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Revolução da PANconsciência: és capaz de te colocar no lugar de todos os outros?

Consegues sentir a dor de um prisioneiro a ser torturado, de um animal a ser levado para o abate ou de um condenado à morte? Sentes a dor e a angústia de um cão acorrentado num canil, de um elefante a ser torturado no circo ou de um desempregado com família para alimentar? Tens a coragem de te imaginar no lugar de uma vítima de violação ou violência doméstica, de uma criança escrava do trabalho ou de um coelho com os olhos queimados para experimentar cosméticos? És capaz de te pôr no lugar de um touro a ser espetado numa arena, de uma mãe a perder os filhos num bombardeamento ou de um sem-abrigo numa noite gelada? És capaz de sentir a dor das populações exploradas, dos animais nos campos de concentração da pecuária intensiva e da terra, das florestas, das águas e dos ares onde a biodiversidade se extingue às mãos da civilização pós-industrial? És capaz de te colocar no lugar do outro, de todos os outros, como se fosses tu próprio? És capaz de sentir tudo isso como sofrimento, sem importar a forma, o aspecto e o nome de quem o padece? Consegues não achar isso normal e vê-lo como o maior dos absurdos? E tens a ousadia e o destemor de desejar pôr fim a tudo isso e de te comprometer a fazeres tudo o que estiver ao teu alcance para tal, juntando-te a todos os que em todo o mundo, desde há muito e cada vez mais, caminham no mesmo sentido? Começa então agora mesmo e sê bem-vindo à Revolução da consciência ética global! Parabéns, pois renasceste neste preciso instante para uma Nova Vida!

2 comentários:

mar disse...

Olá, boa tarde...
Agradeço este texto.
Por vezes, nas minhas caminhadas, apercebo-me do sofrimento de muitos cães aprisionados a correntes, ladrando por liberdade. Ali estão, dia após dia, a viver em circulos, alguns já idosos, possivelmente cheios de mialgias, sem poderem correr como é da sua natureza.
Também os lindos pássaros, aprisionados em minúsculas gaiolas, sem poderem voar como é da sua natureza. Porque não divulgar este texto, talvez de porta em porta, para que as pessoas entendam e se compadeçam?

Paulo Borges disse...

É uma boa ideia. Podemos começar por imprimi-lo e divulgá-lo nos nossos meios mais próximos. Grato pelo comentário!

Enviar um comentário