1 - A política e os políticos portugueses são exemplares e não faz qualquer sentido surgir algo completamente novo e diferente.
2 - Portugal é um país-modelo e um paraíso no tratamento dos seres humanos, dos animais e da natureza e não faz qualquer sentido surgir um partido de Causas, que une a causa animal, humanitária e ecológica e quer fazer aprovar leis que protejam o direito de homens e animais ao bem-estar e à felicidade.
3 - Portugal tem partidos éticos, que colocam o bem comum acima dos interesses partidários, não promovem carreiras e clientelas e não obedecem a lobbies económicos. Por isso não faz qualquer sentido surgir um partido de Valores, um Partido Inteiro, pelo bem de tudo e de todos.
4 - Portugal tem uma política económica em que a produção da riqueza está ao serviço da satisfação das necessidades fundamentais da população e por isso não faz qualquer sentido surgir um partido que defende uma economia de mercado subordinada ao bem social e ecológico.
5 - Portugal é um exemplo europeu e mundial de justiça social e fiscal e de moralidade nos salários da administração pública e por isso não faz qualquer sentido surgir um partido que defende a redução das assimetrias sociais, tectos nos salários e reformas dos gestores públicos e contributos fiscais proporcionais aos rendimentos, que não penalizem sistematicamente os médios e baixos rendimentos decorrentes do trabalho.
6 - Portugal é um país autosustentável, que não depende de importações em áreas vitais, e por isso não faz qualquer sentido surgir um partido que defende a agricultura e as energias renováveis como sectores estratégicos.
7 - Portugal tem tido sucessivos governos que têm investido demasiado na cultura e na educação, bem como na qualidade e dignidade do ensino, e por isso não faz qualquer sentido surgir um partido que considera que isso deve ser um investimento central do Orçamento de Estado e que os professores devem ser social e profissionalmente redignificados como fundamentais para a formação de pessoas solidárias com o outro, seja o homem, o animal ou a natureza.
8 - Portugal tem um excelente Serviço Nacional de Saúde, de qualidade, rápido e acessível a todos, e por isso não faz qualquer sentido surgir um partido que afirma que esta é uma das grandes promessas por cumprir desde o 25 de Abril de 1974, que deve incluir a medicina dentária e as medicinas alternativas devidamente regulamentadas.
9 - Os portugueses têm excelentes hábitos alimentares e não sofrem de doenças causadas por uma nutrição desequilibrada. Por isso não faz qualquer sentido aparecer um partido que defende uma redução pedagógica do consumo de carne, sobretudo industrial, bem como a promoção de alternativas vegetarianas, em prol da saúde humana, do bem-estar animal e do equilíbrio ecológico.
10 - Portugal tem uma democracia e cidadania activa e consciente, os cidadãos participam maioritária e entusiasticamente na vida política, confiam no Estado e nos seus representantes eleitos, que sacrificam os seus interesses pessoais e partidários para se consagrarem inteiramente ao bem comum. Por isso não faz qualquer sentido surgir um partido que defende que os deputados não possam acumular funções e que assume ser a voz dos abstencionistas, dos que votam em branco e nulo e de todos os descrentes na política, mobilizando-os para um exercício mais pleno da cidadania e para a renovação da democracia.
Por estas e por muitas outras razões o surgimento do PAN - Partido pelos Animais e pela Natureza - é um absurdo. Se leu este post é o momento de o esquecer. Sobretudo não o divulgue, para que este perigo não se propague mais. É que pode tornar-se contagiante e originar uma PANdemia. Portugal ainda se arrisca a ser um país a sério.
http://www.partidoanimaisnatureza.com/
PAN - UM NOVO PARADIGMA
Vivemos o fim de ciclo de um paradigma civilizacional esgotado, o paradigma antropocêntrico, cuja exacerbação nos últimos séculos aumentou a devastação do planeta, a perda da biodiversidade e o sofrimento de homens e animais. Impõe-se um novo paradigma, uma nova visão/vivência da realidade, ideias, valores e símbolos que sejam a matriz de uma nova cultura e de uma metamorfose mental que se expresse em todas as esferas da actividade humana, religiosa, ética, científica, filosófica, artística, pedagógica, social, económica e política. Esse paradigma, intemporal e novíssimo, a descobrir e recriar, passa pela experiência da realidade como uma totalidade orgânica e complexa, onde todos os seres e ecossistemas são interdependentes, não podendo pensar-se o bem de uns em detrimento de outros e da harmonia global. Nesta visão holística da Vida, o ser humano não perde a sua especificidade, mas, em vez de se assumir como o dono do mundo, torna-se responsável pelo equilíbrio ecológico do planeta e pelo direito de todos os seres vivos à vida e ao bem-estar.
Herdando a palavra grega para designar o "Todo", bem como o nome do deus da natureza e dos animais, o PAN - Partido pelos Animais e pela Natureza - incarna esse paradigma na sociedade e na política portuguesas.
O objectivo deste blogue é divulgar e fomentar o debate em torno de contributos diversos, contemporâneos e de todos os tempos, para a formulação deste novo paradigma, nas letras, nas artes e nas ciências.
Herdando a palavra grega para designar o "Todo", bem como o nome do deus da natureza e dos animais, o PAN - Partido pelos Animais e pela Natureza - incarna esse paradigma na sociedade e na política portuguesas.
O objectivo deste blogue é divulgar e fomentar o debate em torno de contributos diversos, contemporâneos e de todos os tempos, para a formulação deste novo paradigma, nas letras, nas artes e nas ciências.
quarta-feira, 4 de maio de 2011
10 Razões pelas quais não faz qualquer sentido surgir o PAN e não deve ler este post
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