PAN - UM NOVO PARADIGMA

Vivemos o fim de ciclo de um paradigma civilizacional esgotado, o paradigma antropocêntrico, cuja exacerbação nos últimos séculos aumentou a devastação do planeta, a perda da biodiversidade e o sofrimento de homens e animais. Impõe-se um novo paradigma, uma nova visão/vivência da realidade, ideias, valores e símbolos que sejam a matriz de uma nova cultura e de uma metamorfose mental que se expresse em todas as esferas da actividade humana, religiosa, ética, científica, filosófica, artística, pedagógica, social, económica e política. Esse paradigma, intemporal e novíssimo, a descobrir e recriar, passa pela experiência da realidade como uma totalidade orgânica e complexa, onde todos os seres e ecossistemas são interdependentes, não podendo pensar-se o bem de uns em detrimento de outros e da harmonia global. Nesta visão holística da Vida, o ser humano não perde a sua especificidade, mas, em vez de se assumir como o dono do mundo, torna-se responsável pelo equilíbrio ecológico do planeta e pelo direito de todos os seres vivos à vida e ao bem-estar.

Herdando a palavra grega para designar o "Todo", bem como o nome do deus da natureza e dos animais, o PAN - Partido pelos Animais e pela Natureza - incarna esse paradigma na sociedade e na política portuguesas.

O objectivo deste blogue é divulgar e fomentar o debate em torno de contributos diversos, contemporâneos e de todos os tempos, para a formulação deste novo paradigma, nas letras, nas artes e nas ciências.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

O mito fundamental da nossa cultura

O mito fundamental da nossa cultura, que tem como complemento o mito de se haver libertado de mitos: o universo surgiu para que nele surgisse a vida que evoluiu para que no planeta Terra surgisse o homem que evoluiu para se tornar o dono e senhor da Terra, de todos os seres e um dia de todo o universo. O mito em que acreditam todos os que crêem não acreditar em mitos. O mito cuja encenação é a actual civilização. O problema é que esta encenação está a destruir o palco, os actores e a si própria...

Sugestão de leitura: Daniel Quinn, "Ismael. Como o mundo veio a ser o que é", Porto, Via Óptima, 2011, 3. edição.

0 comentários:

Enviar um comentário