"A própria consciência não está separada da realidade física. Somos interdependentes de um modo que estamos apenas a começar a entender. E, no entanto, ainda vivemos numa civilização dominada por uma imagem newtoniana ultrapassada de separação.
Infelizmente muita da presente "consciência ambiental" permanece dentro deste paradigma, vendo o desequilíbrio ecológico como um problema que podemos resolver científica ou economicamente. Apenas agora começamos a reconhecer o quanto a mudança de consciência é indispensável para a resolução desta crise global sem precedentes. Se quisermos realmente responder às necessidades de um todo interdependente, precisamos de uma abertura de consciência que abranja o todo.
Uma vez que entremos na realidade de uma consciência holística que esteja verdadeiramente em inter-relação com o todo, encontrar-nos-emos num mundo muito diferente em que tudo interage connosco numa dinâmica contínua. Até mesmo a nossa consciência afecta o mundo físico. A questão é então: qual o nosso papel nesta realidade verdadeiramente interdependente?
Mesmo a nossa visão actual de "ecologia profunda" mostra-nos o mundo através de uma consciência de separação - o quadro analítico e racional que nos é imposto pela nossa educação e condicionamentos. Nós raramente experienciamos a nossa consciência incorporada na unidade do mundo que nos rodeia, como, por exemplo, acontece com povos indígenas, para quem até mesmo a ideia de um indivíduo ser separado do seu ambiente não existe".
Llewellyn Vaughan-Lee, Sustainability, Deep Ecology, & the Sacred
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