PAN - UM NOVO PARADIGMA

Vivemos o fim de ciclo de um paradigma civilizacional esgotado, o paradigma antropocêntrico, cuja exacerbação nos últimos séculos aumentou a devastação do planeta, a perda da biodiversidade e o sofrimento de homens e animais. Impõe-se um novo paradigma, uma nova visão/vivência da realidade, ideias, valores e símbolos que sejam a matriz de uma nova cultura e de uma metamorfose mental que se expresse em todas as esferas da actividade humana, religiosa, ética, científica, filosófica, artística, pedagógica, social, económica e política. Esse paradigma, intemporal e novíssimo, a descobrir e recriar, passa pela experiência da realidade como uma totalidade orgânica e complexa, onde todos os seres e ecossistemas são interdependentes, não podendo pensar-se o bem de uns em detrimento de outros e da harmonia global. Nesta visão holística da Vida, o ser humano não perde a sua especificidade, mas, em vez de se assumir como o dono do mundo, torna-se responsável pelo equilíbrio ecológico do planeta e pelo direito de todos os seres vivos à vida e ao bem-estar.

Herdando a palavra grega para designar o "Todo", bem como o nome do deus da natureza e dos animais, o PAN - Partido pelos Animais e pela Natureza - incarna esse paradigma na sociedade e na política portuguesas.

O objectivo deste blogue é divulgar e fomentar o debate em torno de contributos diversos, contemporâneos e de todos os tempos, para a formulação deste novo paradigma, nas letras, nas artes e nas ciências.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

"Verdes Anos": o PAN já faz parte da história do ecologismo em Portugal



O livro Verdes Anos. História do ecologismo em Portugal (1947-2011), de Luís Humberto Teixeira (Lisboa, Esfera do Caos, 2011), será apresentado pelo Prof. Viriato Soromenho-Marques na 3ª feira, dia 31 de Janeiro, às 18.30, na Livraria Bulhosa de Entrecampos. Este livro dedica o capítulo 8 ao PAN e ao seu resultado surpreendente nas últimas eleições legislativas. Reproduzimos os três últimos parágrafos do livro, após se referir o historial de adversidade de Portugal e dos países do Sul da Europa aos ideais ecologistas:

"Perante este ambiente hostil, como se explica então o sucesso do PAN, que nas primeiras eleições legislativas a que concorreu obteve mais de 50 000 votos em listas próprias (feito inédito entre os partidos ecologistas portugueses) e quatro meses depois elegeu um deputado em eleições regionais?

Será um epifenómeno ou será que o segredo para o sucesso de um partido verde em Portugal passa por unir a defesa do ambiente aos direitos dos animais e às causas humanitárias?

Para responder a estas questões teremos de esperar mais algum tempo. Entretanto, uma coisa é certa: por mais negro que seja o cenário do país e do planeta, muitos acreditam que a cor da esperança ainda é o verde"

Cabe-nos mostrar que o "segredo" é mesmo esse e que o PAN veio para crescer e ficar.

1 comentários:

Rafael Dias disse...

Acredito que o PAN veio efectivamente para crescer e ficar!Deposito neste partido imensas expectativas.Quem sabe se nas próximas eleições legislativas teremos representantes no continente!

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