PAN - UM NOVO PARADIGMA

Vivemos o fim de ciclo de um paradigma civilizacional esgotado, o paradigma antropocêntrico, cuja exacerbação nos últimos séculos aumentou a devastação do planeta, a perda da biodiversidade e o sofrimento de homens e animais. Impõe-se um novo paradigma, uma nova visão/vivência da realidade, ideias, valores e símbolos que sejam a matriz de uma nova cultura e de uma metamorfose mental que se expresse em todas as esferas da actividade humana, religiosa, ética, científica, filosófica, artística, pedagógica, social, económica e política. Esse paradigma, intemporal e novíssimo, a descobrir e recriar, passa pela experiência da realidade como uma totalidade orgânica e complexa, onde todos os seres e ecossistemas são interdependentes, não podendo pensar-se o bem de uns em detrimento de outros e da harmonia global. Nesta visão holística da Vida, o ser humano não perde a sua especificidade, mas, em vez de se assumir como o dono do mundo, torna-se responsável pelo equilíbrio ecológico do planeta e pelo direito de todos os seres vivos à vida e ao bem-estar.

Herdando a palavra grega para designar o "Todo", bem como o nome do deus da natureza e dos animais, o PAN - Partido pelos Animais e pela Natureza - incarna esse paradigma na sociedade e na política portuguesas.

O objectivo deste blogue é divulgar e fomentar o debate em torno de contributos diversos, contemporâneos e de todos os tempos, para a formulação deste novo paradigma, nas letras, nas artes e nas ciências.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Para uma ciência integrada na matriz de uma nova cultura holística – (4ª) breve reflexão

Para uma Ciência que não feche a porta ao âmago original, raiz perfeita e pura do/no homem – plano da plena potência ontológica. Trata-se afinal de não circunscrever a vida e acção ao nível do ex-istir, ignorando ou rejeitando a questão de que é precisamente a partir do, e simultaneamente no seio do in-, que o ex-istir assume o seu pleno significado e potencialidade. Aí, reside o não-lugar de todas as possibilidades, afinal, única fonte de todas as acções meritórias, porque não-acções – aquelas que não visam fruto algum para benefício próprio. Assim, pugnamos por uma Ciência da não-acção, porque não-reactiva mas sim pró-activa, verdadeira acção.

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