PAN - UM NOVO PARADIGMA
Vivemos o fim de ciclo de um paradigma civilizacional esgotado, o paradigma antropocêntrico, cuja exacerbação nos últimos séculos aumentou a devastação do planeta, a perda da biodiversidade e o sofrimento de homens e animais. Impõe-se um novo paradigma, uma nova visão/vivência da realidade, ideias, valores e símbolos que sejam a matriz de uma nova cultura e de uma metamorfose mental que se expresse em todas as esferas da actividade humana, religiosa, ética, científica, filosófica, artística, pedagógica, social, económica e política. Esse paradigma, intemporal e novíssimo, a descobrir e recriar, passa pela experiência da realidade como uma totalidade orgânica e complexa, onde todos os seres e ecossistemas são interdependentes, não podendo pensar-se o bem de uns em detrimento de outros e da harmonia global. Nesta visão holística da Vida, o ser humano não perde a sua especificidade, mas, em vez de se assumir como o dono do mundo, torna-se responsável pelo equilíbrio ecológico do planeta e pelo direito de todos os seres vivos à vida e ao bem-estar.
Herdando a palavra grega para designar o "Todo", bem como o nome do deus da natureza e dos animais, o PAN - Partido pelos Animais e pela Natureza - incarna esse paradigma na sociedade e na política portuguesas.
O objectivo deste blogue é divulgar e fomentar o debate em torno de contributos diversos, contemporâneos e de todos os tempos, para a formulação deste novo paradigma, nas letras, nas artes e nas ciências.
Herdando a palavra grega para designar o "Todo", bem como o nome do deus da natureza e dos animais, o PAN - Partido pelos Animais e pela Natureza - incarna esse paradigma na sociedade e na política portuguesas.
O objectivo deste blogue é divulgar e fomentar o debate em torno de contributos diversos, contemporâneos e de todos os tempos, para a formulação deste novo paradigma, nas letras, nas artes e nas ciências.
sábado, 26 de março de 2011
"Porque exigir um máximo de lucros (económicos), quando isso supõe arcar com um máximo de custos (sociais ou ecológicos)?"
“A razão de ser da actividade económica é garantir as condições básicas da vida humana. E será necessária a “maximização dos lucros” para a sobrevivência humana? […] A busca do lucro está decerto justificada do ponto de vista ético sempre que fiquem a salvo outros valores superiores, porém isto de modo algum justifica eticamente a maximização dos lucros como princípio da política económica. Porque exigir um máximo de lucros (económicos), quando isso supõe arcar com um máximo de custos (sociais ou ecológicos)?
• Um novo ordenamento da economia mundial requer uma ética de responsabilidade de economistas realistas com um horizonte idealista. Esta ética pressupõe, também na economia, sentimentos, ideais e valores, porém questiona-se de forma realista pelas consequências previsíveis, em particular as negativas, das decisões económicas e responsabiliza-se por elas.
• Na era pós-moderna, uma actuação económica responsável consiste em estabelecer um vínculo sério entre as estratégias económicas e o juízo ético.
• Este novo paradigma de ética económica concretiza-se na medida em que – admitida a legitimidade do lucro – submete a actuação económica à prova de se lesa bens ou valores superiores, ou se tem suficientemente em conta a realidade social e ambiental e também o futuro. Dado que não resulta nada fácil submeter os casos concretos a esta prova argumentativa de verificação ética, tornam-se necessários ordenamentos políticos específicos”
- Hans Küng, Weltethos für Weltpolitik und Weltwirtschaft [Uma ética mundial para a política mundial e a economia mundial], 1997.
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