PAN - UM NOVO PARADIGMA
Vivemos o fim de ciclo de um paradigma civilizacional esgotado, o paradigma antropocêntrico, cuja exacerbação nos últimos séculos aumentou a devastação do planeta, a perda da biodiversidade e o sofrimento de homens e animais. Impõe-se um novo paradigma, uma nova visão/vivência da realidade, ideias, valores e símbolos que sejam a matriz de uma nova cultura e de uma metamorfose mental que se expresse em todas as esferas da actividade humana, religiosa, ética, científica, filosófica, artística, pedagógica, social, económica e política. Esse paradigma, intemporal e novíssimo, a descobrir e recriar, passa pela experiência da realidade como uma totalidade orgânica e complexa, onde todos os seres e ecossistemas são interdependentes, não podendo pensar-se o bem de uns em detrimento de outros e da harmonia global. Nesta visão holística da Vida, o ser humano não perde a sua especificidade, mas, em vez de se assumir como o dono do mundo, torna-se responsável pelo equilíbrio ecológico do planeta e pelo direito de todos os seres vivos à vida e ao bem-estar.
Herdando a palavra grega para designar o "Todo", bem como o nome do deus da natureza e dos animais, o PAN - Partido pelos Animais e pela Natureza - incarna esse paradigma na sociedade e na política portuguesas.
O objectivo deste blogue é divulgar e fomentar o debate em torno de contributos diversos, contemporâneos e de todos os tempos, para a formulação deste novo paradigma, nas letras, nas artes e nas ciências.
Herdando a palavra grega para designar o "Todo", bem como o nome do deus da natureza e dos animais, o PAN - Partido pelos Animais e pela Natureza - incarna esse paradigma na sociedade e na política portuguesas.
O objectivo deste blogue é divulgar e fomentar o debate em torno de contributos diversos, contemporâneos e de todos os tempos, para a formulação deste novo paradigma, nas letras, nas artes e nas ciências.
domingo, 27 de março de 2011
Para uma ciência integrada na matriz de uma nova cultura holística – (9ª) breve reflexão
Para uma Ciência colocada ao serviço da Vida, esse Todo em movimento, que não segrega o homem, isolando-o da natureza, como se de esferas diferentes se tratassem, como se não houvesse afinidade interactiva entre a Natureza e o homem. Assim, há que recusar uma existência confinada à irrealidade das acções impostas pelo desejo monolítico do poder económico posto ao serviço do produtivismo e do consumismo. Um poder económico sujeitador da Ciência à tecnologia, do Ser ao ter, da reflexão à verborreia, da cooperação à competição, do usar consciente ao consumismo devastador, da estética ao culto obsessivo da imagem, do estudo à exacerbação do prazer,... Assim, não a uma ciência mandatada e manietada pelo lucro, sim a uma ciência regeneradora que contribua para libertar o homem das amarras do hedonismo. Uma Ciência que liberte o homem para uma vida salutar-santa-salus-saudável, harmoniosa e feliz - que liberte o Homem do homem (alienado).
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