PAN - UM NOVO PARADIGMA

Vivemos o fim de ciclo de um paradigma civilizacional esgotado, o paradigma antropocêntrico, cuja exacerbação nos últimos séculos aumentou a devastação do planeta, a perda da biodiversidade e o sofrimento de homens e animais. Impõe-se um novo paradigma, uma nova visão/vivência da realidade, ideias, valores e símbolos que sejam a matriz de uma nova cultura e de uma metamorfose mental que se expresse em todas as esferas da actividade humana, religiosa, ética, científica, filosófica, artística, pedagógica, social, económica e política. Esse paradigma, intemporal e novíssimo, a descobrir e recriar, passa pela experiência da realidade como uma totalidade orgânica e complexa, onde todos os seres e ecossistemas são interdependentes, não podendo pensar-se o bem de uns em detrimento de outros e da harmonia global. Nesta visão holística da Vida, o ser humano não perde a sua especificidade, mas, em vez de se assumir como o dono do mundo, torna-se responsável pelo equilíbrio ecológico do planeta e pelo direito de todos os seres vivos à vida e ao bem-estar.

Herdando a palavra grega para designar o "Todo", bem como o nome do deus da natureza e dos animais, o PAN - Partido pelos Animais e pela Natureza - incarna esse paradigma na sociedade e na política portuguesas.

O objectivo deste blogue é divulgar e fomentar o debate em torno de contributos diversos, contemporâneos e de todos os tempos, para a formulação deste novo paradigma, nas letras, nas artes e nas ciências.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Para uma ciência integrada na matriz de uma nova cultura holística – (8ª) breve reflexão

Para uma dignificação da ciência actual – que ela utilize a tecnologia como um bisturi nas sua mãos hábeis, guiadas pela motivação nobre de sanar as feridas abertas no planeta. Uma operação responsável e fraterna, que vise o cuidar e reforçar da malha inter-relacional, inter-dependente, em que “vivemos, nos movemos e temos” a nossa existência. Já poucas dúvidas restam sobre o estado de saúde do nosso meio ambiente, sobre o diagnóstico cada vez mais reservado a ele feito. Então, há que apelar e dar força à ciência-terapeuta, à ciência-sabedoria, e, porque sabedora, compassiva e fraterna, visando o bem de tudo e de todos. Para que no seio dessa matriz-suporte-inter-relacional possa realizar-se a re-integração harmoniosa do Homem consigo mesmo, com a Natureza e com o meio ambiente.

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