PAN - UM NOVO PARADIGMA

Vivemos o fim de ciclo de um paradigma civilizacional esgotado, o paradigma antropocêntrico, cuja exacerbação nos últimos séculos aumentou a devastação do planeta, a perda da biodiversidade e o sofrimento de homens e animais. Impõe-se um novo paradigma, uma nova visão/vivência da realidade, ideias, valores e símbolos que sejam a matriz de uma nova cultura e de uma metamorfose mental que se expresse em todas as esferas da actividade humana, religiosa, ética, científica, filosófica, artística, pedagógica, social, económica e política. Esse paradigma, intemporal e novíssimo, a descobrir e recriar, passa pela experiência da realidade como uma totalidade orgânica e complexa, onde todos os seres e ecossistemas são interdependentes, não podendo pensar-se o bem de uns em detrimento de outros e da harmonia global. Nesta visão holística da Vida, o ser humano não perde a sua especificidade, mas, em vez de se assumir como o dono do mundo, torna-se responsável pelo equilíbrio ecológico do planeta e pelo direito de todos os seres vivos à vida e ao bem-estar.

Herdando a palavra grega para designar o "Todo", bem como o nome do deus da natureza e dos animais, o PAN - Partido pelos Animais e pela Natureza - incarna esse paradigma na sociedade e na política portuguesas.

O objectivo deste blogue é divulgar e fomentar o debate em torno de contributos diversos, contemporâneos e de todos os tempos, para a formulação deste novo paradigma, nas letras, nas artes e nas ciências.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A agricultura biológica e a redução das emissões de gases que contribuem para o efeito de estufa

Uma mudança mundial para a AB [agricultura biológica] poderia reduzir 11% das emissões globais de gases que contribuem para o efeito de estufa. Aumentar os níveis de carbono no solo tornaria também a agricultura mundial mais resistente aos extremos climáticos como a seca e as inundações, conduzindo a uma maior segurança alimentar.
Um relatório recente da Soil Association revela que em média a AB produz níveis de carbon no solo 28% superiores aos da agricultura convencional, na Europa do Norte, e 20% superiores para todos os países que foram alvo deste estudo (na Europa, América do Norte e Australásia).
Para o Reino Unido (RU), tal representa uma taxa de fixação de carbono de aproximadamente 560 kg C / ano (2ton CO2/ano) por hectare de terra cultivada convertida à AB no RU, durante pelo menos 20 anos. Ou seja, 64 milhões de toneladas de carbono ao longo de 20 anos, em toda a terra cultivada no RU, ou 3,2 ton C/ano. O equivalente a retirar quase 1 milhão de automóveis das estradas! A adopção generalizada das práticas da AB no RU reduziria 23% das emissões agrícolas do RU meramente através da fixação de carbono.
Para obter mais informações ou descarregar o relatório completo consulte:
http://www.soilassociation.org/Whyorganic/Climatefriendly/foodandfarming/Soilcarbon/tabid574/Default.aspx

fonte: a joaninha, Boletim Informativo da AGROBIO Associação Portuguesa de Agricultura Biológica, nº87, Outono 2010, p.24

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